quarta-feira, 30 de junho de 2010

E depois do adeus

O pintor pintou o quadro
eu o cantei
ao toque do coração
de uma saudade...
Nele ficou a Pátria que sonhei
e a cor da ilusão
de liberdade.
O artista desenhou
o campo em flor
o Sol da Primavera
do passado...
Eu canto a paz sem forma e sem cor
do conflito agora começado.
E a tela inacabada
é destruída
dela restou apenas a lembrança
da cor que o pintor deu
a cada vida...
da forma com que nasceu
a esperança.
E foram cravos vermelhos
desfolhados
e foi a liberdade esfarrapada!
Sonhamos todos nós,
mas acordados...
Ai triste Revolução
tão desejada!
E olho o destroçar
da bela tela
onde se desenhou a nossa esperança
tentando ainda guardar
um resto dela
dentro do meu olhar...
E quero ver o pintor
recomeçar
uma tela da cor dos ideais
para poder um dia ainda cantar:
-Ai bela Liberdade
não morras nunca mais!

1 comentário:

  1. Boa tarde D. Lúcia como vai e o Sr. Perdigão? Muito obrigado pelas poesias, adorei, bem como as q estão no seu blog

    Bjs Maria José

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